slot:Capítulo 99: Máquina de Lavar
Eu também levei um susto enorme. A cabeça do manequim de pele feminina não caiu ou se soltou, mas claramente girou 180 graus, como se uma força invisível tivesse puxado o pescoço dela.
Har ficou aterrorizado e largou o manequim no chão. Então, testemunhei a cena mais inacreditável da minha vida: a pele feminina começou a se contorcer e, de maneira bizarra, levantou-se em uma forma distorcida, como se fosse uma criatura feita de uma pele flexível.
— O que é isso?! — gritei, horrorizado, observando o manequim de pele se transformar em algo que parecia uma sanguessuga esticada.
Har gritou:
— Isso é Qing Fu!
— Qing Fu não é um inseto? — retruquei. — Isso aqui não é um inseto, caramba! Que diabos é isso?!
Enquanto Har tentava abrir a porta desesperadamente, sem sucesso, ele praguejava:
— Estamos mortos, mortos por sua culpa, seu idiota!
A pele contorcida começou a se alongar como uma fita, e eu, sem pensar, peguei uma cadeira ao lado e bati nela com força, jogando-a na cama. Em seguida, a envolvi com um cobertor e a amarrei firmemente.
Apesar de parecer fina como papel, aquela coisa tinha uma força impressionante. Eu arranquei meu cinto para reforçar o amarrado, enquanto Har continuava a lutar inutilmente contra a porta. De repente, notei que o manequim estava tentando escapar pelas brechas do cobertor. Sua "face" completamente distorcida emergia das aberturas, exibindo expressões grotescas.
— Tem álcool aqui? — perguntei a Har.
— Você tá pensando em beber agora?! — ele gritou, incrédulo.
Olhei ao redor da sala e vi uma máquina de lavar em um canto. Sem hesitar, joguei o cobertor com o manequim dentro da máquina e liguei no ciclo mais forte.
A máquina começou a vibrar furiosamente, enquanto eu gritava para Har ajudar a colocar uma mesa sobre ela para fazer peso. Finalmente, ele largou a porta e veio até mim. Juntos, subimos na mesa para manter tudo no lugar.
— Isso não vai funcionar! — Har gritou.
— Você subestima as máquinas modernas! — retruquei, enquanto a máquina de lavar começou a sacudir violentamente. Algo dentro dela tentou sair com tanta força que a base da máquina rachou, derrubando-a. Eu e Har fomos arremessados ao chão.
Viramos para ver o que estava acontecendo e ficamos paralisados. O que saiu da máquina foi uma monstruosidade: o manequim de pele, completamente encharcado, tinha se expandido enormemente, transformando-se em algo grotesco e gigantesco. slot
slot:Capítulo 100: Socorro
Har saltou para trás, escondendo-se atrás de mim. Olhei para ele, incrédulo:
— Agora é o momento de provar sua lealdade!
Har estava pálido de medo, claramente nunca havia visto nada parecido. Eu também estava assustado, mas sabia que a situação estava piorando. Lembrei das palavras de Har sobre aquela coisa entender a linguagem humana e disse:
— Podemos conversar?
Para minha surpresa, a criatura parou de se mover em minha direção e começou a balançar no lugar, como se estivesse ouvindo.
— Não acredito que realmente entende... — murmurei, olhando para Har, que parecia ainda mais perplexo.
— Não é comigo que você tem problemas, certo? É com ele! — disse, apontando para Har.
— Pequeno Senhor, você não pode "escolher" um alvo! — Har protestou, aterrorizado.
Ignorei Har e continuei:
— Se quiser, pode comer ele com calma. Eu vou embora.
Har agarrou minha camisa, desesperado:
— Se vamos morrer, vamos juntos! Eu sou o recheio e você é a massa!
A criatura começou a se aproximar lentamente, seu rosto já completamente deformado. Após ser encharcada, sua aparência tornou-se ainda mais grotesca, parecendo algo saído de um pesadelo. A única parte que ainda reconheci foi a boca desproporcionalmente alargada, que agora parecia a abertura de um saco gigante.
— Como exatamente ela come? — perguntei, tentando ganhar tempo. — Não me diga que é pela boca.
No instante seguinte, a boca da criatura abriu-se ainda mais, transformando-se em algo semelhante à entrada de uma caverna. Sem aviso, ela investiu contra mim.
Eu estava encurralado e, para piorar, Har me empurrou na direção dela. Tentei me proteger com as mãos, mas me esqueci de que aquilo era pele flexível. Em segundos, a criatura me envolveu completamente, como se estivesse me embrulhando.
A pele começou a apertar meu corpo, estendendo-se para cobrir cada pedaço de mim. Senti como se estivesse sendo sufocado por uma mortalha.
— Socorro! Socorro! — Har gritava, sua cabeça ainda fora do alcance da criatura.
Eu, porém, não conseguia gritar. Cada vez que abria a boca, a pele entrava mais fundo, tentando invadir minha garganta.
Minha visão começou a escurecer devido à falta de oxigênio. Meu último pensamento antes de perder a consciência foi: "O que as pessoas vão pensar quando encontrarem nossos corpos assim?"
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