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A família de uma caixa de banco da Carolina do Sul, que foi morta a tiros durante um assalto em 2017, está furiosa depois que o presidente Biden comutou a sentença de morte de seu assassino poucos dias antes do Natal. Agora, a família de Donna Major está passando pela temporada de festas, abalada pela notícia de que o criminoso condenado recebeu a misericórdia que se recusou a mostrar aos outros. "Eu estava com raiva. Ainda estou com raiva. Estou chateada que isso esteja acontecendo, que um homem possa tomar essa decisão sem sequer falar com as vítimas, sem qualquer consideração pelo que passamos, pelo que estamos passando, e completamente machucada, frustrada e com raiva", disse a filha de Major, Heather Turner, na terça-feira no "Fox & Friends". "Não foi mostrada nenhuma misericórdia a ela. Este homem entrou no banco, nunca disse duas palavras para ela. Atirou nela três vezes no total. Ele foi e atirou em sua colega de trabalho, Katie Skeen, que estava totalmente indefesa e sem conhecimento de nada que estava acontecendo", acrescentou o marido de Major, Danny Jenkins, durante o programa. "Não consigo acreditar que isso esteja realmente acontecendo..." O criminoso de carreira Brandon Council estava entre 37 detentos cuja sentença de morte federal foi comutada para prisão perpétua pelo presidente Biden no início desta semana. Um vídeo de vigilância do duplo assassinato de 2017 mostra Council entrando no CresCom Bank em Conway, Carolina do Sul, se aproximando de Major e falando brevemente com ela antes de sacar uma arma e atirar nela várias vezes. Ele então pulou o balcão e abriu fogo contra a caixa de 36 anos, Kathryn Skeen, matando-a também. O presidente Biden abordou as comutações em uma declaração, dizendo: "Estou comutando as sentenças de 37 dos 40 indivíduos no corredor da morte federal para sentenças de prisão perpétua sem a possibilidade de liberdade condicional. Essas comutações são consistentes com a moratória que minha administração impôs às execuções federais, em casos que não sejam terrorismo e assassinato em massa motivado por ódio. Não se engane: eu condeno esses assassinos, lamento pelas vítimas de seus atos desprezíveis e sofro por todas as famílias que sofreram perdas inimagináveis e irreparáveis. "Mas, guiado pela minha consciência e minha experiência como defensor público, presidente do Comitê Judiciário do Senado, vice-presidente e agora presidente, estou mais convencido do que nunca de que devemos parar o uso da pena de morte no nível federal. Em boa consciência, não posso ficar parado e deixar uma nova administração retomar as execuções que interrompi." A representante do "Esquadrão" Ayanna Pressley, D-Mass., elogiou a decisão como uma demonstração de liderança "moral" e "compassiva" na CNN na segunda-feira, argumentando que a pena de morte "não se provou ser um impedimento para o crime". "Compaixão? Eu não acho que isso seja compaixão", respondeu Katie Jenkins, também filha de Major, na terça-feira. "O fato de ele [Biden] não ter falado com nenhum de nós, as vítimas deste crime... nós confiamos no sistema judicial. Nós nos sentamos no tribunal. Eu vi minha mãe ser assassinada. Eu vi imagens do corpo dela no chão. Ele não tem compaixão. Por quem? Um criminoso? Não, eu não concordo com isso. Eu não concordo com isso de jeito nenhum." Turner disse que a família soube em maio que uma comutação poderia ser uma possibilidade e começou a escrever cartas ao advogado de perdão solicitando uma reunião presencial em Washington, D.C. "Fomos recusados", disse ela. "Eles negaram nosso direito de ter nossas vozes ouvidas. Somos vítimas. Minha mãe foi assassinada pelas mãos de Brandon Council. Eles deveriam ter ouvido nossa história. E tudo que conseguimos foi uma conferência virtual de 10 minutos e claramente isso caiu em ouvidos surdos. Eles não queriam ouvir nossa história." Os únicos detentos do corredor da morte federal excluídos das comutações de Biden foram o bombardeiro da maratona de Boston, Dzhokhar Tsarnaev, o atirador da sinagoga Tree of Life, Robert Bowers, e Dylan Roof, que foi responsável por matar nove afro-americanos em uma igreja de Charleston em 2015..slot.
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